sábado, 9 de agosto de 2014

¡Hasta pronto, Santiago!

¡Hola, Chicas(os)! 
¿Cómo estan? 

   Hoje eu to aqui, me despedindo de Santiago. Foi um mês de muito aprendizado, não só da língua, mas também da vida. Para variar, cheguei aqui toda : " Não quero amigos, quero passear e estudar". E, para varias, quebrei a cara, fiz ótimos amigos e me diverti horrores com eles. O início é sempre de adaptação, mas depois que você acostuma com a ideia, difícil fica para ir embora. Mas como a saudade da família, do pololo ( é namorado em espanhol do Chile haha), dos amigos e da comida tá uma coisa de doido, estou muito feliz e satisfeita de voltar para os braços das pessoas que eu mais amo! E também não podia ir embora sem terminar de mostrar pra vocês um pouco mais de Santiago e das minhas aventuras por aqui. 





O esperado


Eu vim para Santiago estudar espanhol e fazer preparatório para o exame D.E.L.E ( tipo TOEFL, só que de espanhol). A escola elegida foi a COINED e a empresa de viagens, a STB. Não tenho o que reclamar de ambos os serviços. Fui muito bem atendida. No início, na COINED, estava um pouco desapontada porque gosto de aulas mais frenéticas e as minhas eram bem pacatas. Mas com o tempo foram melhorando, especialmente, as aulas do exame preparatório. 
Sobre a minha casa. Eu fiquei em casa de família e dei a sorte de conhecer pessoas muito queridas. Além de mim, estavam mais dois americanos na casa, o Sean e a Lia. Duas pessoas ótimas. O Sean virou tipo brow pra mim. haha. Pena que na correria não tirei foto com ele. A Lia não estudava na mesma escola que eu, então não nos aproximamos muito. Mas a Marcela, nossa mãe chilena, foi quem mais me encantou. Além de um amor de pessoa, é super tranquila, não ligava para atrasos pra janta e sempre nos dava excelentes dicas de onde ir e comprar presentes ( me gusta ¡mucho!) 


(Mãe, formei no Avanzado!) Professoras da Coined : "Só se vive uma vez. Mas se o faz bem, uma vez é o suficiente".






O inesperado







   Então, estava eu feliz e contente caminhando por Santiago, conhecendo lugares incríveis, até que um dia sinto uma coceirinha na minha testa que parecia ser uma alergia. Ai, fui eu na farmácia explicar pra farmacêutica o que estava acontecendo e que pomada eu podia passar. Gostaria muito que você se lembrasse SEMPRE de que tive que falar tudo em espanhol durante toda a saga que será narrada aqui. Isso é muito importante para acrescentar um tom de drama à situação. haha. Ai ela olhou e gentilmente começou a me perguntar o que eu estava sentindo. Eu respondi que estava queimando, doente, coçando muito e que a minha cabeça também doía. Pronto. Ela me respondeu na hora: isso não é alergia, cariño. Procure um médico imediatamente porque está parecendo Herpes. Puff. Lá se foi a minha alegria.
     Fui, então, acionar meu seguro de saúde que tinha feito no Banco do Brasil para saber o que fazer, qual o procedimento. Ó arrependimento. Fui reencaminhada na ligação umas 5 vezes. No final, quando entenderam o que era, me pediram para esperar 40 minutos, pois iriam passar meus dados para a sede do plano aqui para verem para onde iriam me mandar. Ok, já estava bem revoltada que ia esperar 40 minutos. Mas, esperei. Depois de uma hora e dez eu liguei para saber se eles já tinham a localização, porque não haviam me retornado e o negócio na minha testa ardendo cada vez mais e doendo bastante. A gênia da moça que me atendeu, me disse: " Mas você tem que esperar 40 minutos". Eu, gentilmente, respondi: Eu já esperei uma hora e dez. Já passou dos 40 minutos. "Mas se te pediram pra esperar 40 minutos, são 40 minutos". Nesse momento, já com o negócio na testa saltando, eu respondi: Eu já esperei 40 minutos. Eu esperei até mais. Eu preciso saber o que fazer porque está doendo muito. Dai, ela disse: Se te pediram para esperar 40 minutos, você tem que esperar 40 minutos. Por fim, minha gentileza foi pro brejo e eu respondi: Qual parte do já passou uma hora e dez você não entendeu? Eu to com uma herpes na testa, na queimando, to passando mal.( Aquele momento que você se dá conta de que a escola inteira sabe que você tem herpes, menos a mulher que está no telefone com você). E para minha frustração, ela respondeu: Então, você terá que esperar mais 40 minutos. Ok. Se eu já tinha esperado 1h10min, com certeza levaria muito mais de 40 minutos depois da segunda ligação para resolverem meu caso.
   Peguei minhas troxas e parti pra clínica mais próxima possível da escola. Olha, atendimento excelente. Todas foram super atenciosos, especialmente, porque eu não sabia explicar algumas coisas em espanhol. Fui atendida, medicada e estava tudo indo bem. Até que, no dia seguinte, meu olho acordou inchado. Pensei que era alguma reação do remédio, porque ele é bem forte. Mas dois dias depois, meu olho direito inchou de tal maneira que não podia abri-lo. Volta a Maria pra Clínica. Fui num oftalmo que disse que a minha visão estava ótima. Mas que eu deveria procurar a dermato, pois poderia ser alguma infecção. ÊEeeee. Fui pra dermato e ela confirmou que sim, que era uma infecção bacteriana. Ou seja, além de tomar o remédio da herpes, tive que tomar antiinflamatório e antibiótico. Adeus, estômago. Mas, enfim, tudo na vida acontece por um motivo. T
ive que repousar e acabei descansando bastante e ,apesar do estresse com o plano, eu recebi assistência da minha querida amiga, Karin, que em nenhum momento deixou de se preocupar comigo e me ajudar. Além das colegas de sala, que a cada dia viam meu rosto de um jeito. haha. E a família, que foi acompanhando tudo via Skype. Além do pololo que teve que ver sua polola transfigurada.( Pololo, te amo).
     E, ainda, acabei fazendo uma das melhores compras da história. hahaha. Por causa do inchaço e da ferida, não podia tomar sol, mas também não podia passar protetor e nem maquiagem. Ai, estava eu, caminhando no centro e encontrei um chapéu floppy, por apenas 3.000 pesos ( equivalente a 15 reais). Isso mesmo, meu chapéu foi mais barato que meu paracetamol! haha
     E, por fim, acabei curtindo e brincando com o estilo dele! 




















beijo para o Starbucks! Até a próxima capital, minha vida!




O Museu de Moda



   Xô contar procês. Se decepção matasse, tava mortinha, ó, lá na porta do Museu de Moda. Gente. O que é aquilo? Vou contar bonitinho para vocês entenderem a minha frustração. Primeiro de tudo, esse é o museu mais longe de todos. Eu e a karin tivemos que pegar um metrô e um ônibus para chegar até o bairro do Museu. Levamos uns 40 minutos até chegarmos na porta dele. E qual não é nossa decepção. Quando chegamos lá a exposição era de camisa de futebol da seleção do Chile. Juro para você. Sair do Brasil para ver futebol no Museu, ô dó. Mas eu tava lá portinha e nunguentei, entrei para conhecer. A Karin, mais sagaz, me esperou no cafézinho do Museu. 
    Paguei, entrei e fui observando tudo para poder contar para vocês. O que acontece, na verdade, é que a casa onde é o Museu, era da família que resolveu montar um acervo de Moda em homenagem à esposa de um dono de fábrica de têxtil aqui do Chile. Quando você entra, tem uns murais contando a história da família e uns videozinhos. Mas assim, resolveram fazer o Museu de Moda porque a mulher gostava de andar elegante e ter a casa sempre organizada. Isso para mim chama: tenho muito dinheiro e não sei o que fazer com ele. 
   Bom, mas continuei né, já estava lá. O corredor até a sala de exposição é a melhor parte do Museu. A parede esquerda é toda decorada com VHSs antigos e a parede da direita é toda colorida com frases de grandes estilistas. Depois disso, tem três cômodos preservados da antiga dona da casa, a quem prestaram homenagem criando o Museu. A parte da exposição mesmo do futebol era em um formato de um L, minúsculo, de tão pequeno que era. E para completar a incoerência do negócio, no final de toda a exposição, tinha uma jaqueta super iluminada no fundo. Pensei comigo: "Ah! Alguém importante do futebol vestiu essa jaqueta né". Gente... era a jaqueta do filme " De volta para o Futuro 2". Não me entendam errado, eu adoro De volta para o Futuro. Agora. Qual é a lógica do sistema? Indignada fiquei. Mas tirei foto de tudo porque vocês merecem ver com seus próprios olhos. Não me arrependi, porque se vinha embora sem ir lá ia ficar pensando que tinha perdido uma super oportunidade. Nada. O Museu de Arte Pre-colombino vale muito mais a pena para quem gosta de referências!!



















A danada da jaqueta






Provando que eu fui! haha





   Eu sei que o post ficou longuinho, mas eu não podia deixar de compartilhar toda a minha saga e a minha frustração com o Museu de Moda. Afinal, isso é um blog de Moda. haha.

   Beijo no coração de vocês,

   No próximo post já estarei em casa, feliz e contente!

Hasta luego, Santiago. Gracias por todo. Te extrañaré, mucho!

Besos,

Maria.

2 comentários:

  1. Amei saber sobre sua viagem mi chiquita querida!! haha
    bjs, Elisa

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  2. Olá! Gostaria de saber onde exatamente você comprou o chapéu. Estou indo pra lá mês que vem e tô louca por um!! Obrigada!

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